terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Um viva as ovelhas!

Humans being,

Sei que soará mal agradecido, mas vocês não acompanham mais meu ritmo frenético. Ok, serei justa. Pâm, você superou minha mãe e o Zé juntos. Double gift for you! =)

Acredito que tal assunto parecerá estranho, uma vez que estou há 4 dias de levantar vôo. Porém, achei curioso o recente episódio ocorrido com os porcos irlandeses. Não sei se vocês ouviram falar, mas a carne de porco irlandesa está(va) (?) contaminada com um elemento cancerígeno. Coisa tranquila para uma população que come até linguiça no café da manhã. Eles descobriram há dois finais de semanas atrás, e eu descobri 3 dias depois deles. Ou seja, enquanto uma manifestação se formava no centro da cidade no tal sábado, eu estava a tomar meu full irish breakfast com um bacon e duas das tais linguiças.



o tal

Como não sou uma consumidora ensandecida de carne suína e seus derivados, confesso que demorei a notar, mas as prateleiras dos supermercados ficaram vazias. Só restou notinhas de esclarecimento. Domingo passado, numa rota atípica pelo Tesco* (ou Tosco, como diria meu irmão), notei que os porcos já haviam voltado ao seu local de origem (?!). Até comprei salame, ainda que italiano. Ao que parece, o Natal irlandês está a salvo. Nessa história toda, a parte que me deixou intrigada foi que não se trata de um simples probleminha com os atuais porcos. Não! Toda a carne produzida desde 1 de setembro está contaminada. Mas o que são três meses?! Passa tão rápido! Ao menos isso prova que shit happens em todos os lugares. E a frase cretina "Só podia ser no Brasil " nem sempre se aplica.

beijos rosas,
Ellen

P.S. Para aqueles que para cá vieram enquanto por aqui estive, não se assustem. É preciso ter ingerido quantidade altíssimas, quase absurdas, de carne de porco nos últimos tempos. Diria que alguns porcos por dia. Estou certa que esse não foi o caso.
(Mais informações:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/12/07/carne_de_porco_contaminada_da_irlanda_por_ter_ido_para_25_paises-586883892.asp
)

* O Tesco é uma rede britânica gigante de supermecados. Ele está em todos os lugares aqui na Europa. A vantagem é que é muito barato, principalmente sua marca própria. Noodles a € 0,13 e cookies a € 0,69. O serviço é um lixo, mas vale o custo-benefício.



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Coisas intrigantes de Dublin


?!

beijos curiosos,
Ellen



P.S. Como isso sempre acaba trazendo algum tipo de retorno, farei a tal pergunta que não quer calar. Há alguém por aqui ainda ou falo sozinha?!

Nollaig Shona Duit..!

* Recomendo o play antes de começar...



















Fairytale of New York - The Pogues

Pois é, já estamos em dezembro. Mês de Santa Claus, de Rudolph e seus amigos. É o meu primeiro Natal aqui, digo, pré-natal (???). Dizem que esse ano as coisas começaram mais cedo devido a crise que atinge a tudo e a todos. Eu diria que foi bem mais do que cedo. Apenas 15 dias após o término do Halloween (ou seja, na segunda semana de novembro) a principal árvore de Natal do país foi inaugurada na maior avenida daqui (talvez maior e única..). Aliás, aproveitando a deixa dessa história de crise, ontem estava assistindo TV e havia um ser humano dando conselhos paras as mães de como lidar com a restrição orçamentária de Papai Noel esse ano. Ele deu dicas de como ensinar as crianças a fazerem suas listas de pedidos evitando coisas supérfluas (?) e ensinou também como contar de maneira menos desastrosa que Papai Noel está sem um tostão nesse Natal e que dentre as poucas casas que ele poderá visitar, a sua não será escolhida (?!). Achei mórbido, mas até aí não podemos generalizar já que se tratava de um programa vespertino. Também temos os nossos. Enfim. Não conheço muito a fundo as tradições natalinas irlandesas, sei apenas algumas poucas coisas. Dizem por aí que no dia de Natal e antes de irem à missa, as crianças deixam uma vela e whiskey (?!) para o Papai Noel na janela, e em troca recebem presentes e laranjas (?!). Não sei se isso ainda funciona nesses tempos modernos. A outra história que contam por aí tem a ver com os 12 dias que antecedem o Natal. Confesso que meus conhecimentos sobre isso são quase nulos. Ainda tenho 3 dias para aprender. Pelo pouco que sei, é quando começam os festejos de Natal. Na prática não sei exatamente o que isso significa, apenas posso dizer que todos os mercados de Natal, feiras e blá-blá-blá que quero ir, começam esse final de semana (dia 12/12 que são 12 dias antes. Caramba! Nunca tinha ido a fundo nesse pensamento. Chega a ser místico!). No mais, apenas sei que eles têm o Natal que nós tentamos ter. Aqui Santa Claus super se veste adequadamente. Se bobear ainda sente até um pouco de frio. Aliás, não vi nenhum de bobeira vagando pelas ruas. Nada de Papai Noel aos montes em cada esquina distribuindo balinhas e fazendo ruídos esquisitos do tipo ho-ho-ho. Ponto para eles. A maioria das casas tem lareira-usadas-não-só-pra-decoração e logo, chaminés (!!!). As árvores de Natal são pinheiros de verdade e pela cidade há várias espalhadas em tamanho gigante. No finais de semana, há mercados de rua onde você pode ir comprar seu pinheiro. E o mais bonito, esse final de semana estava eu tomando meu café quando alguém passou na frente da cafeteria arrastando sua árvore de Natal. Diria que foi até poético. Aqui, dia 25 é o dia de Natal mesmo (o almoço é a principal refeição e os presentes são abertos apenas nesse dia). Nada de dia 24 como nós.


Baile Átha Cliah
(Dublin em gaélico)


em algum lugar da Grafton Street
(Nollaig Shona Duit = Feliz Natal em gaélico)


Grafton Street versão Natal


sei que a foto não tem muito a ver, mas essa é a versão natalina de um pub


Christmas Tree
(ok, foto de celular)


(idem)

Os panettones também não são comuns por aqui. Tenho que dizer que nem sinto falta. Não gosto muito deles. Aqui há o Christmas Pudding, que nada tem a ver tem nosso pudim. É uma espécie de bolo. Ainda não provei. Ao mesmo tempo que parece ser super apetitoso, parece também ser super enjoativo. Porém, vale pela experiência. Outra coisa interessante e que há para vender em toda-e-qualquer-portinha são os Christmas crackers. É uma brincadeira tradicional. São três tubos de papel dispostos em formato de uma bala gigante, vamos assim dizer. Duas pessoas pegam um, e cada um puxa uma ponta. A parte do meio estoura e é cheia de coisinhas inúteis. Vale pela diversão. Porém, tenho que dizer que há um Christmas Cracker gigante numa loja de chocolates pra-lá-de-jóia daqui. Pena que não é fácil de transportá-lo na mala! Outra coisa interessante e que eu gostei é a prática de envio de cartões em sua versão mais primitiva. Nada de emails. Não sei se sou apenas eu que não faço isso normalmente ou se não faz parte da nossa cultura mesmo, mas aqui as pessoas adoram mandar cartão de Natal. E pelo correio! É tanta gente, mas tanta gente que há algumas semanas atrás havia avisos nos jornais dizendo para as pessoas postarem seus cartões o quanto antes. Se não estou enganada, a melhor data para postar era até o dia 29/11 (!!!) senão corria o risco de chegar depois. E para não desapontá-los no futuro, digo que comprei cartões de Natal para ajudar as crianças do Unicef, mas não postei nenhum, ok?! Então, não criem expectativas, pois agora é tarde demais para enviá-los. É mais provável que eu chegue antes.

Ah! Daqui exatos 11 dias estarei de volta. E se conseguir, junto ao meu Christmas Cracker gigante de chocolate.

beijinhos no clima,
Ellen

P.S. - Ok, sei que as fotos não são das melhores. Usem a imaginação.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dias frescos

Esse foi o final de semana que se passou...Temperaturas máximas de 1 grau.


(ok, sei que estou esquisita na foto)

Depois de quase não sobrevivermos, compramos um mini aquecedor para nossa casa. Estou quase que o acoplando ao meu corpo.

beijos gelados,
Ellen